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Entenda Como as Cidades Inteligentes Estão Transformando a Vida Urbana

by Nilceia Fraissat
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Cidades inteligentes

As cidades inteligentes têm o propósito de utilizar a tecnologia para trazer soluções inovadoras e mais qualidade de vida para os cidadãos.

As discussões sobre o impacto humano na natureza e o avanço da tecnologia estão cada vez mais difundidas. 

Dentro desse contexto, as cidades inteligentes – também conhecidas como smart cities ou digital cities – surgem com o propósito de unir tecnologia e sustentabilidade em prol do bem-estar da sociedade. Mas afinal, o que são e quais são as cidades inteligentes?

Entenda o que são cidades inteligentes

Em resumo, as cidades inteligentes podem ser definidas como cidades que utilizam da tecnologia para buscar soluções e aperfeiçoar sua gestão político-econômica. No entanto, esse conceito é abrangente demais. 

A utilização de dados coletados para melhorar a eficiência dos serviços prestados vem se tornando uma tendência cada vez mais forte.

 Principais características das cidades inteligentes

As cidades inteligentes se dedicam ao avanço urbano e à transformação digital de forma sustentável, abrangendo as características econômica, ambiental e sociocultural. 

A principal característica de uma cidade inteligente pode ser considerada o planejamento estratégico da urbanização com base na coleta de dados dos cidadãos, respeitando as limitações geográficas e naturais do espaço. Por isso, a criação de áreas que podem ser usadas com tranquilidade e sem a necessidade do uso de meios de transporte também se faz presente nas cidades inteligentes.

O Smart City Index – índice acadêmico criado pelo IMD que analisa as cidades inteligentes – ranqueia as 142 cidades mais inteligentes do mundo.

Zurique, na Suíça, foi eleita quarto ano consecutivo a cidade mais inteligente do mundo.  Saúde, segurança, mobilidade e oportunidades acadêmicas e de trabalho foram alguns dos pontos levados em consideração para a pontuação.

Confira abaixo a lista completa das 10 cidades mais inteligentes do mundo:

  1.  Zurique, Suíça
  2. Oslo, Noruega
  3. Canberra, Austrália
  4. Genebra, Suíça
  5. Singapura
  6. Copenhague, Dinamarca
  7. Lausanne, Suíça
  8. Londres, Inglaterra
  9. Helsinque, Finlândia
  10. Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos

No Brasil, a maior cidade inteligente eleita foi Curitiba, no Paraná. Ganhadora do prêmio World Smart City Awards, a cidade se tornou referência no meio turístico graças ao seu crescimento socioeconômico e sustentabilidade ambiental. É a quinta vez que a cidade fica entre as seis melhores do mundo, fazendo parte da estratégia Destinos Turísticos Inteligentes (DTI), desenvolvida na Espanha.

Outras 10 cidades brasileiras recentemente receberam a certificação DTI: Foz do Iguaçu (PR), Goiânia (GO), Ponta Grossa (PR), Santos (SP), Joinville (SC), Vila Velha (ES), Fortaleza (CE), São Luís (PI), Gramado (RS) e Bonito (MS).

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Tecnologias utilizadas em cidades inteligentes

A utilização de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Big Data, Machine Learning e Inteligência Artificial (AI) estão ao redor do planejamento das cidades inteligentes.

No Brasil, é possível notar isso através de aplicativos que informam sobre o transporte público e engarrafamento de vias de transporte, aplicativos e sites para que os cidadãos marquem consultas médicas e câmeras para monitoramento do trânsito.

Internet das Coisas (IoT)

A Internet das Coisas (IoT), em resumo, se trata de objetos conectados a sensores, redes e softwares. O principal objetivo da IoT é de trocar dados com outros dispositivos pela internet.

Esses dispositivos podem variar desde utilidades domésticas a ferramentas mais complexas, como equipamentos industriais. Relógios e pulseiras de atividade, como o Apple Watch por exemplo, fazem uso da Internet das Coisas para captar e analisar dados de seus usuários.

A incorporação dessas tecnologias no dia a dia tornou-se, aos poucos, indispensável. Ferramentas que respondem a comandos de voz ou movimento trouxeram não somente inclusão como mais praticidade.

Dentro do cenário das cidades inteligentes, podemos citar semáforos e lixeiras inteligentes, iluminação por sensores de locais públicos e transporte público rastreável.

 Big Data e Análise de Dados  

Cidades inteligentes no mundo

O recolhimento e análise de dados em grande quantidade através do Big Data pode apontar não somente padrões de consumo, mas também pontos de melhoria nos centros urbanos.

Dados recolhidos no transporte urbano, por exemplo, podem auxiliar no mapeamento de horários de pico, ou do tempo médio que um semáforo precisa ficar aberto para garantir que não haja congestionamentos.

Inteligência Artificial e Machine Learning

As Inteligências Artificiais (IA’s) tem como principal característica emular a inteligência humana. O Machine Learning se trata do consumo de dados e melhoria contínua, por vezes sendo parte integrante de uma IA.

Elas podem funcionar para a realização de análises preditivas, relação de imagens e monitoramento. Em São Paulo, por exemplo, o uso de câmeras que realizam a detecção de cidadãos e, consequentemente, a identificação de criminosos ajudou a aumentar a segurança urbana.

Benefícios das cidades inteligentes   

Uma cidade inteligente tem como foco central a participação cidadã no desenvolvimento de melhorias. É através dela que serão retirados insights para o aumento da eficiência nos serviços públicos e, por consequência, o aumento da qualidade de vida. Tudo isso trabalhando em conjunto com a sustentabilidade e melhor gestão de recursos.

Estímulo à participação cidadã   

A promoção da governança e a gestão colaborativa, buscando desenvolver tecnologias para resolver problemas reais, criar oportunidades, oferecer serviços de forma eficiente e reduzir desigualdades são pontos altos das cidades inteligentes.

A utilização de plataformas digitais e facilitação do acesso aos serviços e processos públicos, além de aumentar o engajamento das pessoas, auxilia na inovação com o apoio social, através de processos participativos e colaborativos.

Melhoria na qualidade de vida        

Com o aumento da conectividade entre os serviços públicos, além de auxiliar na integração de dados, soluções mais eficazes são apresentadas para problemas do cotidiano. 

No Brasil, muitas cidades vêm recebendo incentivo econômico para aprimorar suas tecnologias e gerar mais recursos voltados para a mobilidade e segurança dos cidadãos, como é o caso Rio de Janeiro, onde o Centro de Operações Rio (COR) recebeu um aporte de 29 milhões de reais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para investir em tecnologias de inteligência artificial. 

O objetivo é monitorar e gerar respostas rápidas a desastres, garantindo a segurança dos cariocas.

Sustentabilidade e gestão de recursos  

A gestão de recursos naturais e diminuição nos índices de emissão de poluentes também são pontos fortemente considerados na gestão de cidades inteligentes. Existe também uma grande ênfase na pesquisa por energias renováveis e ampliação da sua utilização, além da busca constante pela economia de recursos não renováveis.

Esse é o caso da utilização de lixeiras inteligentes que notificam o sistema de coleta quando estão cheias, evitando o acúmulo e melhorando o sistema de reciclagem, e da utilização de painéis solares e aerogeradores para a produção de energia.

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Eficiência em serviços públicos    

Em Curitiba, foi adotado o uso de luminárias públicas com 5G, que alertam em tempo real sobre problemas, controlam a intensidade de luz e recebem relatórios sobre a qualidade da iluminação.

A integração de informações para melhoria do atendimento hospitalar e fornecimento de Wi-Fi público também são algumas das melhorias que já estão em utilização no Brasil em vários centros urbanos. Também é o caso do saneamento inteligente: uma tecnologia que monitora as redes de esgoto e informa em caso de vazamentos e problemas operacionais.

Conclusão

A tendência é que os órgãos públicos busquem cada vez mais o auxílio da tecnologia para propor soluções e tornar as cidades mais integradas com o bem-estar social. 

Com medidas focadas na sustentabilidade e nos cidadãos, a construção e aprimoramento das cidades inteligentes pode ser considerado um desafio governamental. Afinal, é necessária uma eficiência na utilização dos recursos públicos e a criação de uma sociedade mais engajada, barreiras fortes principalmente no território brasileiro.

No entanto, podemos considerar essas mudanças um pedido de trégua da humanidade com a natureza, construindo aos poucos uma sociedade mais feliz e consciente. E em um país com inúmeros recursos naturais e extensão continental, é questão de tempo até que as melhorias trazidas pelos avanços tecnológicos alcancem a todos.

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